sexta-feira, 25 de março de 2011

MOMENTO LITERÁRIO COM CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE



VOCÊ JÁ LEU HOJE?


Este é um poema de Carlos Drumond Andrade, que ficará afixado na sala dos professores e em outros espaços da escola durante uma semana e após será substituído por outro texto. O objetivo desta exposição é fazer da leitura um hábito diário.



PRECISA-SE DE UM AMIGO

Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimentos.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem imprescindível, que seja de segunda mão.

Não é preciso que seja puro, ou todo impuro, mas não deve ser vulgar.

Pode já ter sido enganado ( todos os amigos são enganados).

Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.

Deve gostar de crianças e lastimar aquelas que não puderam nascer.

Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos levam consigo.

Tem que gostar de poesia, dos pássaros, do por do sol e do canto dos ventos.

E seu principal objetivo de ser o de ser amigo.

Precisa-se de um amigo que faça a vida valer a pena, não porque a vida é bela, mas por já se ter um amigo.

Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo.

Precisa-se de um amigo para ter-se a consciência de que ainda se vive.

TÉCNICA: “A ÁRVORE DOS SONHOS”

¨As pedagogas desenvolveram a técnica com os professores no dia 02 de fevereiro.
¨Os professores desenvolveram com os seus alunos, no 1º horário do dia 04 de fevereiro.
1º passo: Leitura e reflexão do texto: A vida é o trem que passa. Autora: Marillena S. Ribeiro.
2º passo: A construção da “Arvore dos sonhos, onde em um painel alunos e professores registraram suas expectativas e possíveis contribuições para o ano de 2011.
3º passo: Socialização da técnica – Onde todos comentaram sobre os seus sonhos, limites e possibilidades.

 A árvore dos sonhos dos alunos
 A árvore dos sonhos do professor







quinta-feira, 24 de março de 2011

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DO CEJM

No dia 15 de fevereiro a coordenação pedagógica apreciou as obras enviadas pelo MEC para a formação dos nossos professores. Foi um momento para curtas leituras, mas ao mesmo tempo muito aguçador.




A curiosidade e a ânsia de uma criança se revelaram nessas adultas ao se encontrarem com novos livros, que nem mesmo perceberam o registro feito
pela direção.

LEITURA E REFLEXÃO

Após a apreciação dos livros, a Direção propôs à Coordenação Pedagógica à leitura e reflexão do texto “Educação Literária” retirado da revista Presença Pedagógica v. 17, nº 97, Jan/ Fev. 2011.
Em um segundo momento, a Direção propôs à Coordenação Pedagógica, apresentar o texto aos professores na Capacitação da semana seguinte. Os Pedagogos deverão abordar as seguintes questões:
¨A importância da literatura na educação;
Solicitar ao grupo de professores que registrem partes do texto que possibilitem a prática no cotidiano;
Os registros deverão estar autorizados pelos professores para se anexar ao portfólio do projeto “Comunidade de leitores do CEJM”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

SENSIBILIZAÇÃO DOS PAIS

SENSIBILIZAÇÃO DOS PAIS

No dia 21 de fevereiro os familiares dos nossos alunos estiveram reunidos no anfiteatro com a gestão escolar a fim de ampliar a nossa comunidade de leitores.

1º passo: Problematização: Leitura e reflexão – A leitura vem de berço

A leitura vem de berço
 Mais de 50% dos leitores brasileiros revelam que os pais, especialmente a mãe, foram os principais incentivadores

Por ano, o brasileiro lê, em média, 4,7 livros, segundo dados do Instituto Pró-Livro. Muito pouco para um país em franco desenvolvimento econômico e que deseja acabar com o analfabetismo nos próximos anos. Entre os leitores, a maioria é de crianças e adolescentes: 53%.

Apesar do dado, os jovens em grande parte dos casos, dizem ler por exigência da escola ou da academia. O que muitos não sabem, entretanto, é que a maioria dos futuros leitores é influenciada diretamente pelos pais, sobretudo pela mãe. Cerca de 50% revelam que a mãe foi a maior incentivadora quando pequenos.

NÚMEROS

* Por ano, o brasileiro lê, em média, 4,7 livros, incluindo a Bíblia, livros didáticos e técnicos;

* Por vontade própria, só 1,3 livro é lido por ano;

* 1,1 livro é comprado por ano pelos brasileiros;

* 39% dos leitores brasileiros têm até 17 anos;

* 14% têm idade entre 18 e 24 anos.


Fonte: ´Dados do Instituto Pró-Livro
Matéria original do Jornal Pampulha, de 29/01/2011. 



3º passo: Momento de interação com a família e distribuição de alguns livros (Infância revisitada – Isabel Cristina Araújo Alves)

4º passo: Técnica da “Árvore dos sonhos”

Os pais foram convidados a participarem da Comunidade de Leitores do CEJM, elogiaram a iniciativa e deixaram vários recadinhos na árvore incentivando e abraçando a nossa idéia.



ALGUNS DOS RECADINHOS DOS PAIS





2º passo: Apresentação do Projeto “Comunidade de leitores do CEJM”

DISPARADOR PARA ALUNOS - HORA DO CONTO

HORA DO CONTO:
Como recurso psicopedagógico a contação de história abre espaço para a alegria e o prazer de ler, compreender, interpretar a si próprio e à realidade. (Cláudia Marques Cunha Silva)

História: Mil e uma noites
Contadora: Silvânia
Num distante País vivia um homem bonito e honrado, esse rei, de nome Shariar, já havia sido muito feliz, sem saber que sua esposa guardava um terrível segredo: apesar de fingir que o amava, ela na verdade estava apaixonada pelo servo mais indigno da corte. Um dia Shariar casualmente a surpreendeu num canto escuro do palácio nos braços do amante. Transtornado pela dor e pelo espanto, o soberano soltou um grito medonho e sacou da espada para cortar a cabeça da mulher infiel e do servo desleal. Pouco tempo mais tarde um cavalo parou na frente do palácio, e o irmão do rei, Shazaman, entrou para visita-lo. “Mas é inacreditável!” Shazaman exclamou. “ Pois pouco antes de partir a mesma coisa aconteceu comigo! Encontrei minha esposa beijando um de meus servos e, como você, também puxei a espada e cortei a cabeça dos pérfidos.” Dias depois Shazaman voltou para seu reino, e Shariar ficou postado junto à fonte, contemplando as águas límpidas com um olhar pensativo. Por fim fez um juramento terrível: “Amanhã à noite vou me casar de novo, mas não permitirei que minha mulher desfrute os privilégios de rainha. Pois, quando o dia clarear, mandarei executa-la. Na noite seguinte tomarei outra esposa e ao amanhecer ordenarei que a eliminem. E assim hei de fazer sucessivamente até que não sobre neste reino uma única representante do gênero feminino”. Dito e feito. Toda a noite ele escolhia uma nova esposa e toda manhã mandava a infeliz para a morte. Seus súditos viviam apavorados, temendo perder filhas, irmãs, netas. Muitos fugiram para outros reinos, e por fim restou nos domínios de Shariar uma só noiva disponível. Tratava-se de Sherazade, jovem de alta estirpe, filha do primeiro-ministro do soberano. O pobre homem se encheu de pavor e tristeza ao saber que ela estava condenada à morte. Sherazade, no entanto, não se desesperou. Era mais sábia e esperta que todas as suas predecessoras, e junto com a irmã caçula elaborou um plano meticuloso. Terminada a breve cerimônia nupcial, o rei conduziu a esposa a seus aposentos, mas, antes de trancar a porta, ouviu uma ruidosa choradeira. “Oh, Majestade, deve ser minha irmãzinha, Duniazade”, explicou a noiva. “Ela está chorando porque quer que eu lhe conte uma história, como faço todas as noites. Já que amanhã estarei morta, peço-lhe, por favor, que a deixe entrar para que eu a entretenha pela última vez!” Sem esperar resposta, a jovem abriu a porta, levou a irmã para dentro, instalou-a no tapete e começou: “Era uma vez um mágico muito malvado...”. Furioso, Shariar se esforçou ao máximo para impedir a narrativa; resmungou, bufou, tossiu, porém as duas irmãs o ignoraram. Vendo que de nada adiantava sua estratégia, ele ficou quieto e se pôs a ouvir o relato de Sherazade, meio distraído no início, profundamente interessado após alguns instantes. A pequena Duniazade adormeceu, embalada pela voz suave da rainha. O soberano permaneceu atento, visualizando mentalmente as cenas de aventura e romance descritas pela esposa. De repente, no momento mais empolgante, Sherazade silenciou. “Continue!”, Shariar ordenou. “Mas o dia está amanhecendo, Majestade! Já ouço o carrasco afiar a espada!” “Ele que espere”, declarou o rei. Shariar se deitou e logo dormiu profundamente. Despertou ao anoitecer e ordenou à esposa que concluísse o relato, mas não se deu por satisfeito. “Conte-me outra!”, exclamou. Sherazade sorriu e recomeçou: “Era uma vez...”. Novamente o sol adiou a execução. Quando Sherazade terminou, ela a mandou contar mais uma história. E assim a jovem rainha: conseguia postergar a própria morte. De dia o rei dormia tranqüilamente, à noite, acordava sempre ansioso para ouvir o final da narrativa interrompida e acompanhar as peripécias de mais um herói ou heroína. Já não conseguia conceber a vida sem os contos de Sherazade, sem as palavras que lhe jorravam da boca como a música mais encantadora do mundo. Dessa forma se passaram dias, semanas, meses, anos. E coisas estranhas aconteceram. Sherazade engordou e de repente recuperou seu corpo esguio. Por duas vezes ela desapareceu durante várias noites e retornou sem dar explicação, e o rei tampouco lhe perguntou nada. Certa manhã ela terminou uma história ao surgir do sol e falou: “Agora não tenho mais nada para lhe contar. Você percebeu que estamos casados há exatamente mil e uma noites?” Um ruído lhe chamou a atenção e, após uma breve pausa, ela prosseguiu; “Estão batendo na porta! Deve ser o carrasco. Finalmente você pode me mandar para a morte!”. Quem entrou nos aposentos reais foi, porém, Duniazade, que ao longo daqueles anos se transformara numa linda jovem. Trazia dois gêmeos nos braços, e um bebê a acompanhava, engatinhando. “Meu amado esposo, antes de ordenar minha execução, você precisa conhecer meus filhos”, disse Sherazade. “Aliás, nossos filhos. Pois desde que nos casamos eu lhe dei três varões, mas você estava tão encantado com as minhas histórias que nem percebeu nada...” Só então Shariar constatou que sua amargura desaparecera. Olhando para as crianças, sentiu o amor lhe inundar o coração como um raio de luz. Contemplando a esposa, descobriu que jamais poderia matá-la, pois não conseguiria viver sem ela. Assim, escreveu a seu irmão e lhe propondo que se casasse com Duniazade. O casamento se realizou numa dupla cerimônia, pois Shariar esposou Sherazade pela segunda vez, e os dois reis reinaram felizes até o fim de seus dias.
Disparador para os alunos

PROFESSORES ENVOLVIDOS
O PORTEIRO SALVADOR SEMPRE ACOLHENDO OS PROJETOS DA ESCOLA
A COORDENADORA PEDAGÓGICA SANDRA VIBROU COM O SUCESSO DO MOMENTO
A DIRETORA ENTREGA UM LIVRO DE POESIAS AO ALUNO QUE APÓS OUVIR A HISTÓRIA SE MANIFESTOU DIZENDO O QUANTO LER É IMPORTANTE.


Pesquisa Literária

Pesquisa Literária

PROJETO “COMUNIDADE DE LEITORES DO CEJM”
PESQUISA SOBRE HÁBITOS E PREFERÊNCIAS DE LEITURA – Fev/2011
1.      Quantos livros você lê por mês?   ___________________
2.      Qual tipo de livro você gosta ou costuma ler?     _____________________________
3.      Qual seu autor preferido?   _____________________________________
4.      De que forma você tem acesso aos livros?        _____________________________
5.      Quais motivos o impedem de ler? _______________________________________
_____________________________________________________________________
6.      Costuma ir a livraria, sebos ou bibliotecas?       ____________
7.      Que livro você leu e recomenda?  ________________________________________
8.      Qual a sua profissão? ______________________


RESULTADO DA PESQUISA SOBRE HÁBITOS E PREFERÊNCIAS DE LEITURA
 FEVEREIRO/2011
72 funcionários foram entrevistados

1) Quantos livros você lê por mês?
Em média dois livros por mês.

2) Qual tipo de livro você gosta ou costuma ler?


3) Qual seu autor preferido?

A lista está por ordem de preferência
Clarisse Lispector                             Sidney Sheldon              Mário Quintana          Ágatha Christie
Carlos Drumond de Andrade         José Saramago                Lia Luft                         Rubem Alves
Cecília Meireles                                Leonardo Boffe              Paulo Coelho               Padre Marcelo Rossi
Alan Cardec                                      Içami Tiba                       Edigar Alan Poe           Machado de Assis
Padre Jorge Linhares                       Cora Coralina                 Dan Brown                   Nora Roberth
Harold Robins                                  Paulo Freire                    Edgar Morsan              Padre Reginaldo Manzoti
Edgar Morsan                                  Roberto Freire                Chico Xavier                 Roberto Freire                                   
Luiz Fernando Veríssimo                Chico Xavier                  Zíbia Gaspareto           Fernando Sabino
Augusto Curi                                  Álvares de Azevedo


4) De que forma você tem acesso aos livros?
5) Quais motivos o impedem de ler?



6) Costuma ir a livrarias, sebos ou bibliotecas?
7) Que livro você leu e recomenda?
 A lista está por ordem de preferência
Ágape         Caçador de Pipas         A Cabana         O monge e o executivo
A terceira onda          Reverso da medalha         O ladrão de raios
         Cidade do Sol         Soltar a corda e segurar a ponta
A hora da Estrela         Tudo tem seu preço         Nosso lar
         Nada é por acaso         O alquimista
                       Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres
         Ninguém é de ninguém         Ponto de impacto
         Anjos e demônios         Primeira Guerra Mundial
O todo poderoso                       O futuro da humanidade
O grande mentecapto                Mulheres Apaixonadas / Santo Agostinho
         Felicidade clandestina         O poder da oração mística espiritual
        Violetas na janela                    O código Da Vinci
Menino de Pijama Listrado         Assassinato do trem
                        Não espere o rio, ele corre sozinho
                            A menina que roubava livros
                          21 dias para transformar sua vida
                                       Melância.

SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

OBJETIVO: SENSIBILIZAR OS PROFISSIONAIS DA ESCOLA PARA A IMPORTÂNCIA DE CONSTRUÍRMOS JUNTOS UMA COMUNIDADE DE LEITORES

HORA DO CONTO COM ISABEL CRISTINA


  Abertura – Ampliação do repertório literário
História: O cravo, a bota e o espelho
Contadora de história: Isabel Cristina Araújo Alves

HÁ muitos anos, houve um rei que tinha uma filha muito bonita e graciosa. Quando chegou a ocasião de a moça se casar, apareceram três príncipes, cada qual mais belo e rico. A princesa ficou hesitante entre os três candidatos. Assim, o rei, para resolver a questão, declarou que sua filha só se casaria com aquele que trouxesse um presente que mais lhe causasse admiração.
Os três príncipes aceitaram a sugestão do rei e partiram. Quando chegaram a um lugar em que a estrada se dividia em três caminhos, despediram-se e marcaram o dia em que deveriam reunir-se novamente naquele ponto. Depois, cai la um seguiu por um caminho.
O príncipe mais velho viajou durante vários dias, até que chegou a uma grande cidade. Quando atravessava uma praça, ouviu um menino gritar:
— Quem quer comprar um espelho mágico?
O príncipe aproximou-se e perguntou qual a virtude daquele espelho. O menino respondeu:
— Este espelho tem o poder de refletir tudo o que se passa em qualquer lugar.
O príncipe disse consigo:
— Com este espelho me casarei, na certa, com a princesa.
E adquiriu o espelho mágico.
O segundo príncipe fez também uma longa viagem e foi parar em outra grande cidade. Passeava por uma rua, quando ouviu um homem gritando:
— Quem quer comprar uma bota mágica?
O príncipe aproximou-se e perguntou qual a virtude daquela bota. O homem então respondeu:
— Esta bota tem o poder de levar a pessoa ao lugar que desejar.
O moço disse consigo:
— Com esta bota me casarei, na certa, com a princesa. E a comprou.
O príncipe mais moço viajou durante muitos dias e, por fim, chegou a uma cidade muito grande. Passava por um jardim e ouviu um menino gritando:
— Quem quer comprar um cravo mágico?
O rapaz perguntou qual a virtude daquela flor. E o menino respondeu:
— Este cravo tem o poder de dar a vida a quem estiver morto.
O príncipe disse logo consigo:
— Com este cravo me casarei, com a princesa. E adquiriu a flor mágica.
Quando chegou o dia marcado, os rapazes reuniram i na mesma estrada. O príncipe mais velho abriu o seu espelho para  mostrar aos outros rapazes. Viram então que a bela princesa estava deitada no leito, morta. Ficaram desesperados. O príncipe mais moço exclamou:
- Se eu pudesse chegar agora ao palácio salvaria a princesa!
O segundo príncipe então disse: — Entrem nesta bota e estaremos lá agora mesmo!
Num instante, chegaram ao palácio. Correram para o quarto da princesa. O príncipe mais moço aproximou com o cravo mágico do nariz da morta. Imediatamente, a princesa ressuscitou.
Surgiu então um problema difícil de ser resolvido. Quem deveria casar-se com a linda princesa?
— Sou eu, dizia o príncipe mais velho. Se não fosse o meu espelho, vocês não saberiam que ela estava morta!
— Sou eu, gritava o segundo príncipe. Sem a minha bota, vocês não chegariam a tempo de salvar a princesa!
— Sou eu, exclamava o príncipe mais moço. Se não fosse o meu cravo, ela não estaria viva!
A discussão prolongou-se por muito tempo. O rei não sabia o que fazer, pois achava que todos os três rapazes tinham razão. Afinal, a princesa que não queria ficar solteirona, decidiu a questão. Casou com o príncipe mais moço porque já estava apaixonada por ele. Os outros príncipes casaram-se com as primas da princesa, também princesas. E assim acabou a história em paz.

INTERAGINDO COM PROFESSORES

Momento de interação (depoimentos de cinco professores, como leitores.)

  Alguns professores relataram um pouco sobre os últimos livros lidos e recomendaram a leitura dos mesmos.



Atividade: Pausa protocolada
Texto: Testemunha tranquila
Autor: Stanislaw Ponte Preta
Coordenadora Pedagógica: Sandra Mendes

                   O camarada chegou assim com ar suspeito, olhou pros lados e - como não parecia ter ninguém por perto - forçou a porta do apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, para ver no que ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era um mau caráter.
                  E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto - pensei - é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
                 Mas não era. Se fosse ladrão estaria revistando as gavetas, mexendo em tudo, procurando coisas para levar. O cara - ao contrário - parecia morar perfeitamente no ambiente, pois mesmo na penumbra se orientou muito bem e andou desembaraçado até uma poltrona, onde sentou e ficou quieto:
                - Pior que ladrão. Esse cara deve ser um assassino e está esperando alguém chegar para matar - eu tornei a pensar e me lembro (inclusive) que cheguei a suspirar aliciado por não conhecer o homem e - portanto - ser difícil que ele estivesse esperando por mim. Pensamento bobo, de resto, pois eu não tinha nada a ver com aquilo. De repente ele se retesou na cadeira. Passos no corredor. Os passos, ou melhor, a pessoa que dava os passos, parou em frente à porta do apartamento. O detalhe era visível pela réstea de luz, que vinha por baixo da porta.  Som de chave na fechadura e a porta se abriu lentamente e logo a silhueta de uma mulher se desenhou contra a luz. Bonita ou feia? - pensei eu. Pois era uma graça, meus caros. Quando ela acendeu a luz da sala é que eu pude ver. Era boa às pampas. Quando viu o cara na poltrona ainda tentou recuar, mas ele avançou e fechou a porta com um pontapé... e eu ali olhando. Fechou a porta, caminhou em direção à bonitinha e pataco... Tacou-lhe a primeira bolacha. Ela estremeceu nos alicerces e pimpa... Tacou outra. Os caros leitores perguntarão: - E você? Assistindo aquilo tudo sem tomar uma atitude? - a pergunta é razoável. Eu tomei uma atitude, realmente. Desliguei a televisão, a imagem dos dois desapareceu e eu fui dormir.